INTERCÂMBIO: Parte II - Minha Experiência Pessoal
Um pouquinho do começo de tudo em Dublin . . .
Primeira Semana: No meio do Rio Liffey |
Quando eu saí
da faculdade em 2002, já pensava em fazer um intercâmbio para realmente
aprender o inglês. Infelizmente na época, não tinha condições financeiras para
fazê-lo, então fui juntando dinheiro para, um dia, realizar este sonho.
Demorou, mas em 2008, consegui concretizar o projeto e fechei meu curso de
inglês para a Irlanda com uma agência de intercâmbio na Paulista.
Fui para lá no início de março de 2009.
Pretendia ficar apenas um ano, mas meu inglês ainda estava péssimo e nem tinha
viajado pela Europa como era meu desejo: conhecer o mundo. Renovei por mais um
ano e fiquei até março de 2011 - 2 anos longe de casa (até queria e precisava
de mais um ano, mas minha mãe ficou doente e tive que voltar mesmo).
Cheguei em Dublin dia 28/02/2011. No dia 17/03 acontece a festa do padroeiro: St. Patrick, aí tudo é festa: feriado nacional. |
Quando cheguei, tudo era festa, mas passadas as
primeiras semanas, você realmente sente onde e quão longe você está. Nas primeiras semanas, fui atrás de documentação e uma casa para morar,
pois peguei duas semanas de host family.
Depois, quando me mudei, fui organizar o meu espaço no apartamento, quando percebi
já tinha se passado o primeiro mês. Fiquei em
um apê com 2 quartos e tinha meus flatmates: em um ficava eu a uma coreana, no outro um espanhol,
brasileiro e um francês. Depois os meninos foram embora e foi a melhor fase,
principalmente para conversar. Ficou eu, uma espanhola, uma alemã e a coreana.
Mas voltando a correria, comecei a procurar
trabalho e, o primeiro bico só veio depois de 3 meses. Realmente não e fácil morar em outro país. Outra cultura, outra língua,
outro jeito de viver. Eu até que me acostumei fácil,
o problema é que não fui em um bom momento econômico e existem muitos
estrangeiros em Dublin.
10 kg mais magra: esse foi o peso que perdi em 2 meses de Irlanda. História para um post inteiro em breve. |
Claro que cada caso, é um caso. Consegui fazer
muitos trabalhos temporários, que me ajudaram
e muito, este que consegui com a ajuda de alguns brasileiros, se não fosse
isso, não sei o que seria. O que eu aconselho é que você venha com uma boa
reserva de dinheiro. E quanto melhor o nível da nova língua, melhor, no meu
caso inglês.
Sentia muita dificuldade e se estivesse melhor, teria arrumado um emprego mais
rápido, com certeza.
Parada Gay em Dublin é muiiittoooo legal! :D |
Moram muitos brasileiros por lá. Infelizmente
ou até felizmente não fiquei muito longe deles. Vou explicar: infelizmente
porque acabava falando muito português, mas felizmente porque foram eles que me
arrumaram meus freelas (bico) e primeiro emprego. Por isso, se você puder, faça
uma pesquisa e vá para uma cidade e principalmente escola que não tenha muitos
brasileiros e se não puder evitar, procure treinar seu inglês com eles. Afinal, estar em uma terra estranha, com
pessoas estranhas, você se sente só e diferente e estar em contato com outros
brasileiros ajuda a enfrentar algumas barreiras que surgem, como a solidão,
saudade e a tristeza pela falta de oportunidades. E sempre que puder, saia à
noite e visite algum ponto histórico da cidade. Dublin mesmo é recheada de atrativos:
são muitas baladas e museus com entrada grátis,
perfeito para fazer novas amizades e treinar o idioma.
Passeando sozinha: Visitinha a praia de Bray. |
Enfim,
fazer uma viagem dessas é tomar uma decisão muito importante em sua vida e
necessita de um completo entendimento sobre todos os assuntos que o cercam. Não
adianta fazê-lo se é apenas o que seus pais querem ou por outro motivo
qualquer. É
um programa que irá trazer muitas vantagens para quem o faz, como
independência, fluência no novo idioma, conhecimento de novas culturas, amigos.
No início é
difícil, tudo é diferente, por isso, decida com o coração e a cabeça. E, se
você realmente quer ir, boa sorte, faça suas malas e boa viagem!
PS:
Aqui foi o início, um resumo e algumas dicas para vocês. Aos poucos conto os
perrengues com mais detalhes, os imprevistos dos trabalhos e muito mais. Só
desculpem-me a bagunça na linha do tempo, mas como estou escrevendo de coisas que
já se passaram algum tempo, pode parecer que foi uma bagunça, mas não foi não:
foi a melhor experiência que alguém pode viver. J
Nenhum comentário:
Postar um comentário