Mochilando Nas Viagens, aventuras wanderlust e ecdemomaníacas pelo mundo.: março 2014

domingo, 30 de março de 2014

PARIS, FRANÇA: A Cidade Luz . . .

Roteiro de 3 dias: Tudo o que você pode ver e curtir se você acordar cedo, dormir tarde e aproveitar cada segundo/detalhe.

A minha primeira viagem internacional morando em Dublin foi para a França, mas precisamente Paris. Como já falei muito sobre a Irlanda, vamos sair um pouco do país e depois voltamos, hehe.


Uma das coisas que mais sinto falta do período que fiquei fora é uma empresa aérea chamada Ryanair. Gente, nesta viagem eu paguei a bagatela de apenas $30 euros a passagem de ida e volta, uma super promoção sem taxas, pois lá, no máximo você paga um adicional dependendo do tipo de cartão que você usa.

Eu já estava trabalhando de babá havia uns 3/4 meses, tinha perdido o show do U2, do Pearl Jam e aí não resisti em poder sair do país. Fui no final de novembro de 2009. Peguei uma passagem com saída no primeiro voo de sábado de manhã e voltei na segunda a noite. Não sei falar porque eu comprei e decidir ir sozinha, mas depois conversando com outros brasileiros descobri que tinha umas colegas que iriam no mesmo voo e ficariam no mesmo hostel.

Como era minha “primeira viagem” queria algo especial, onde pudesse aproveitar tudo. Comecei a fazer uns contatos e consegui entradas free para o Museu do Louvre, Disney Paris e Torre Eiffel.

Fiquei no hostel St. Christophers Atendimento excelente, bom custo benefício, ótima localização e um grande diferencial: as camas tinham o seu “espaço próprio”: sua própria lâmpada, tomada, lock e cortininha. Achei isso o máximo e imaginei que os outros hostels ao redor do mundo também fosse assim, mas na verdade, não é bem assim... de qualquer maneira, me divirti muito. As meninas que foram comigo tinham reservado um quarto só para elas e eu fiquei no coletivo. Falando um pouco mais do lugar, na área de recreação pude desenvolver o que tinha aprendido até ali com o inglês, fiquei apreensiva no começo, mas foi o máximo conversar com uns americanos e canadenses que jogavam basquete e estavam assistindo futebol americano.


Sobre os passeios, 3 dias são corridos para aproveitar Paris, mas dá pra conhecer tudo por cima. Cheguei logo cedo, fiz o check’in no hostel e já segui para os passeios. Primeiro foi a Torre Eiffel. Como eu tinha conseguido a credencial fui pelo elevador privado e elas ficaram na fila e ai a gente já se dispersou... realmente a imagem no topo do torre é linda, mas falar a verdade, não é tudo isso não. Fiquei lá por volta de uma hora e depois desci. Fui dar uma voltinha pelos arredores: Basílica de Sacre Coeur, Catedral de Notre Dame, Arco de Triunfo, Champs-Elysées, Roda Gigante, Obelisco de Luxor.

No dia seguinte, eu segui para a Disney Paris que é um pouco distante do centro. Peguei o trem, cheguei lá, fui até a bilheteria, peguei meu ingresso/credencial e aproveitei  o dia todo no parque. Para ter sido perfeito só faltou companhia, mas me diverti pacas, sentindo-me uma bela criança grande. Quando voltei de lá, segui para a Rua do famoso Moulin Rouge. Lá perto mesmo comi um lanche onde o dono foi bem atencioso quando percebeu que eu era brasileira. Aqui um detalhe: estrangeiro tem cara e não adianta esconder. E lá mesmo um brasileiro veio conversar comigo, dizendo que iria embora no dia seguinte tal e conversa vai conversa vem ele seguiu comigo para dar uma volta por ali. Bom que ele tirou uma foto minha.



No terceiro dia, o mais corrido, foi dia de visitar o Museu do Louvre: passei quase amanhã toda e foi muito corrido. Se você gosta de artes, museus, acredito que para ver tudo por lá você usa pelo menos 2 dias. Depois segui para o Jardin du Luxembourg, o cemitério de gente famosa Père-Lachaise e segui para o hostel fazer check out, pegar as minhas coisas e partir para o aeroporto.

Também passei e tirei fotos de outros pontos turísticos: Palais Royal, Ponte Alexandre III, Palais Garnier - Opera National de Paris, Marais, Rio Seine. Fiz tudo isso em 3 dias, mas passei quase um dia todo na Disney, então com certeza dá para você aproveitar os outros pontos se não for viver um dia de criança!

E esta foi mais aventura pela Europa. Corrida, talvez se eu tiver a chance não volte para lá,mas foi perfeito enquanto durou. 
J






quinta-feira, 20 de março de 2014

MOCHILÃO AMÉRICA DO SUL: BOLÍVIA, CHILE E PERU . . .

Mochila nas costas, roteiro no papel e vontade na cabeça!


Para este ano, meu grande projeto é viajar para Bolívia, Peru e Chile.

Pegarei minhas férias no mês de maio e partirei para esta aventura com mais 5 amigos. Estes que conheci por meio do site Mochileiros, uma das melhores fontes de informação para quem gosta de se aventurar pelo mundo.

Estamos com o roteiro abaixo prontinho para ser executado: 


Serão 26 dias viajando, curtindo e aproveitando. Estou contando os dias para que chegue logo e assim que possível irei compartilhar várias informações com todos.

E para você que quer partir para uma aventura destas, antes de qualquer coisa defina para onde, acerte as datas, pesquise muito, agora você senta e monta o esquema com um roteiro base/inicial do que você tem em mente. Verifique as passagens, ônibus, passeios, hostels, alimentação, o que levar, enfim, são muitos detalhes. Geralmente o que planejamos não é cumprido 100%, mas você terá bem menos dores de cabeça se já tiver tudo em mente e aí, depois é só curtição.

Como eu disse, aos poucos vou falando dos meus passeios. Siga meu blog, acompanhe e publique também suas impressões, positivas ou não, questões, dúvidas. Sua participação é importante. Muito Obrigada e até a próxima! J

sábado, 15 de março de 2014

DUBLIN - IRLANDA: St. Patrick’s Day

Eu estive lá por duas vezes em uma das maiores comemorações entre os irlandeses

St. Patrick's Day Parade 
Eu cheguei à Irlanda no dia 28 de fevereiro. E o começo foi àquela correria: ver a casa onde eu ia ficar após sair da Host Family, abrir minha conta no baco, tirar meus documentos, começar a estudar, comprar as coisas pra ficar o quarto novo, procura emprego, me adaptar, conhecer gente, lugares, enfim... um milhão de coisas.
Nos Pubs de Dublin comemorando com o único verde que eu uso!
Mas logo no mês seguinte, exatamente no dia 17 de março acontece na Irlanda a festa do padroeiro do país e um dos eventos mais populares que não importa o dia que caia é Bank Holiday (feriado) por lá, o St. Patrick's Day.

É uma festa linda que mostra o patriotismo das pessoas. Com desfiles, bandas e muita festa. Os pubs ficam lotados e tudo é uma farra. E, claro que eu estando lá não podia ficar de fora. Entrei no clima com roupa, acessórios e tudo mais nos dois anos em que participei das comemorações. Uma festa linda que sinto saudades!

A História: St. Patrick's Day
Bebemorando o Santo com Guinnes e Heineken
Todos os anos no dia 17 de março, os irlandeses e os adeptos de coração em todo o mundo celebram o St. Patrick’s Day (Dia de São Patrício). O que começou como um dia de festa religiosa para o Santo padroeiro da Irlanda tornou-se um festival internacional, celebrando a cultura irlandesa com desfiles, danças, comidas especiais e um monte de coisas verdes em homenagem à Ilha, principalmente o uso do trevo.

Na Irlanda, o símbolo da sorte tem 3 folhas e foi iniciado por St. Patrick, que usou o trevo ou Shamrock para explicar o mistério da Santíssima Trindade, pelo fato de suas folhas serem divididas em três e presas a um único caule, assim como Deus é uma entidade com três Pessoas e convenceu os reis celtas a se converterem ao catolicismo. Desde então, a Irlanda adotou o trevo como símbolo nacional. A palavra Shamrock provém da antiga língua gaélica e significa planta jovem de três folhas. J

segunda-feira, 10 de março de 2014

INTERCÂMBIO PARTE III - Trabalho no Exterior . . .

Se voce pensa que ganhar dinheiro morando em outro país é fácil, está muito enganado! Mas quem sabe, você tem mais sorte do que eu: só gastar e viajar menos!


Quando eu ainda estava no Brasil, ouvia muito as pessoas que fazem intercâmbio falando sobre sub-emprego. Achava esse termo muito estranho, mas quando cheguei a Dublin, soube na prática o que significa, vivenciei isto e acredito que cheguei até a um nível mais baixo ainda.

Cheguei por aqui numa época muito difícil. A recessão estava bem forte por aqui (início de 2009). E as empresas não estavam contratando. E, tão menos, pegando estrangeiros. Passei meus primeiros três meses sem nenhum tipo de trabalho que gerasse uma renda. Até que comecei a entregar uns panfletos de uma pizzaria de casa em casa (Domino's, graças ao meu amigo Fernando Mocotó). Era um trabalho quase escravo. Éramos um grupo com mais ou menos 10 brasileiros, íamos de bairro em bairro em outra cidade, distante de Dublin, como Drogheda e/ou Dundalk. 

Faça chuva ou faça sol, lá estava eu entregando os folhetos. Mas vi paisagens lindas.
Eu tinha que acordar umas 6 horas da manhã. Não é tão cedo, mas eram duas horas de viagem. Chegava lá por volta das 10 e em seguida saia pras ruas. Pegava no mínimo 500 folhetos, ou seja, eu teria que ir em 500 casas para acabar e ganhar 30 euros o dia, o equivalente a 100 reais. E uma vez ou outra conseguia entregar 750 para ganhar um pouco mais. E ai de você se deixasse mais de um em uma única casa ou jogasse fora. Sabe aquele ditado que mentira tem perna curta? O pessoal ligava para a pizzaria para dedurar seu trabalho mal feito. :p

Você pode pensar que 100 reais o dia pode ser suficiente. Mas para a Irlanda não é. Eu trabalhava cerca de 6 horas em pé, andando pelas ruas, com a mochila cheia, ás vezes até sob chuva ou neve. Comia lanche e se precisasse ir ao banheiro tinha que torcer para passar perto de um matinho ou algum estabelecimento que deixasse eu entrar e só usar o banheiro. Era direto, a não ser com a pausa para eu comer, super rápido e realmente era muito desgastante.

Apesar de ficar cheirando fritura, dava para sair e olhar o evento.
Depois de um mês entregando folhetos, consegui um freela (um bico) em uma tenda (trailler, barraquinha) de lanches, fazendo e vendendo hambúrgueres, salsicha e batata frita, em eventos, esportes ou shows. (Vi muitos jogos de rugby, futebol gaélico, assisti partes dos shows do The Eagles e Bruce Springsteen - ver vídeo). Como tinha muitos estrangeiros trabalhando, o dono do trailler só pagava 60 euros o dia, não importando o número de horas trabalhadas. Às vezes, eu saia no lucro, trabalhava só 6 horas. Mas ja teve eventos em que eu trabalhei 10 horas. A única vantagem é que eu comia muito e ainda levava para casa os lanches que sobravam. Mas só trabalhava uma vez a cada 15 dias ou às vezes 3/4 vezes por mês.

O salário mínimo na Irlanda, na época, era de 8,65 euros a hora. Legalmente, eu poderia trabalhar 20 horas por semana, porque eu era estudante. Mas, o problema maior na Irlanda é que você precisa pagar a moradia que não é tão barato assim. Pagava por mês em meu apartamento 250 euros, mais conta de energia elétrica que vem cerca de 20 euros o mês, deixar sobrar dinheiro para o ônibus e despesas com comida e higiene. Ou seja, quando eu trabalhava no trailler, se trabalhasse 4 vezes no mês, ganhava 240 euros, mal pagava o aluguel.

Mas graças à Deus, a Kay minha amiga e com muito esforço, depois de longos 5 meses, eu consegui um emprego de babá. Trabalhava 3 vezes por semana cuidando de duas criancas, um menino de seis anos e uma menininha de dois (a pronuncia do nome dela era Aifa, não lembro coo escreve e o nome dele não lembro). Fiquei assim por 4 meses. Ganhava 50 euros o dia. Mas aí a mãe indiana que estava grávida, iria ficar em casa de licença maternidade e me dispensou. Ela até queria que eu voltasse depois... mas aí cuidar de três, sendo um recém-nascido achei meio demais.

Neste meu primeiro ano também trabalhei de babá olhando mais duas crianças (Nicole e Diego - venezuelanos) só que de vez em quando a noite, já fui “mulher-placa”, segurava placa em uma das ruas/calçadão mais movimentados de Dublin, Grafton Street e trabalhei como faxineira na casa de brasileiros. E depois de um primeiro ano conturbado, no limite, ainda assim consegui juntar dinheiro e renovar meu visto por mais um ano. Paguei uma escola melhor e aí sim via o inglês evoluir.

Eu não tinha uma foto assim, então segue esta em homenagem
aos meus amigos Mocotó e Jesse,
que me ajudaram bastante, para demostrar como era.
Dizem que é bom ter muitos conhecidos. Aqui, isso não funciona tão bem, mas todos os empregos que eu consegui foram graças a indicações. Depois de 20 dias que eu tinha saído do emprego de babá, uma amiga me indicou em um centro educacional e religioso. Fui fazer a entrevista e consegui um emprego de tipo garçonete e ajudante de cozinha. Era uma casa que moravam 20 mulheres ligadas ao Opus Dei, então eu cuidava e servia o jantar delas e depois limpava a cozinha. Trabalhava quatro horas por dia no final da tarde.

E simultaneamente a este trabalho, depois de muito tentar, consegui uma vaga para cobrir férias na entrega do Jornal Metro/Herald. Depois de um mês, cada dia em um posto de entrega diferente consegui um ponto fixo para mim. Trabalhava numa estação do Luas (uma espécie de trem, só que mais modernizado, parecido com o metro e a céu aberto) e entregava cerca de 600 jornais por dia. Este trabalho era ótimo, apesar de acordar às 5 da manhã. Trabalhava até ás 9h e depois ia direto para a escola até às 13h. Ia para casa, almoçava, descansava e às 15h saia para o outro. Mas o bom aqui é que fiz amizade com o povo que descia do trem e os carros que paravam no farol. Conversava, trocava experiências e até quando eu saí ganhei presente do pessoal. Sinto falta dessa época: era jornaleira, hehehe.


Eu não ganhava rios de dinheiro, porque tinha que pagar o aluguel, as contas, comer e pagar os estudos, mas já conseguia planejar as viagens e realizá-las.  Isso foi muito gratificante. Depois de tantos perrengues, estava conseguindo concretizar muitos sonhos.

Eleita merchandising do mês!
Ás vezes olhava para trás e me perguntava: cara, por que eu tinha demorado tanto para fazer isso? E, logo vinha a frase: não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje! Realmente o intercâmbio, aprender uma língua estrangeira no exterior faz muito a diferença.


Então, agora posso dizer que estou bem e dar conselhos e ajudar. Não é nenhum fim do mundo e todo mundo pode sobreviver com pequenos sacrifícios em busca da sua realização pessoal. Valeu a pena tudo o que passei nestes dois anos de Irlanda: viajei, gastei, falei, vivi, sobrevivi! Não trouxe dinheiro comigo, mas minha bagagem de conhecimento continua pesada. J

domingo, 2 de março de 2014

DUBLIN - IRLANDA: A Pequenina na Terra dos Leprechauns . . .

 Realmente, não é fácil ficar em um país estranho, com uma língua estranha por tanto tempo. Mas se você realmente quiser, você se adapta. Você aprende a conviver e curtir!

Quando cheguei aqui na Irlanda, um irlandês foi me buscar no aeroporto. Fiquei pensando: nossa como vou falar com ele? Mas até que foi fácil. Naquele, 28 de fevereiro de 2009, acontecia um jogo de rugbi na cidade, exatamente no Croke Park, um dos maiores estádios de Dublin e, ele, estava ouvindo o jogo pela rádio.
A casa que eu fiquei. E detalha, por lá muitas casas são assim.
No trajeto até a casa da host-family que eu ficaria, conversamos um pouco, consegui me comunicar. Ele perguntou-me de onde eu era. Falou sobre o jogo e perguntou-me sobre futebol. A primeira coisa que os estrangeiros lembram quando falamos do Brasil.

Achei curioso como eles são fanáticos por esportes por aqui. Eles vestem a camisa mesmo. É muito bonito de se ver: nenhuma briga, famílias inteiras indo para o estádio, bem legal.
A dona Elizabeth
Bom, quando cheguei à casa, quem me recepcionou foi a mãe da dona da residência. Na verdade a minha “mãe” irlandesa tinha ido visitar o pai, que mora na Espanha. Então, ela era a mãe da minha acolhedora e cuidava da casa. Neste caso, o lugar que fiquei é só pra isso: receber estrangeiros. A minha acolhedora tinha em torno dos 30 anos e na casa mais 4 quartos que ela alugava para estudantes. A agência reservou a casa por 15 dias e nos meus últimos 5, chegou uma espanhola por lá também. Voltando, ela então me mostrou o quarto e disse que o jantar estaria pronto às 9 horas. Eram 8 e pouquinho, quando eu cheguei na casa.
Uma coisa chata desta casa era que a cozinha ficava trancada. No pacote eu só tinha cafe da manhã e a janta e tudo já era colocado pra mim na mesa. Essa era a cachorra que tomava conta da cozinha, hehe.
Coloquei algumas coisas na gaveta, na verdade, só iria ficar lá duas semanas e nem desfiz as malas (trouxe duas comigo) e, desci para o jantar: hambúrguer, purê de batatas e cenoura cozida. Comida sem sal, mas para mim estava ótimo. Não falei com ela, pois ela ficou vendo TV (o nome dela era Elizabeth). Detalhe, com uma cachorra enorme e linda, que se chamava Angel. Terminei de comer e fui dormir, estava exausta e ela só me disse, café da manhã às 9 horas, porque no outro dia era domingo. 

Na manhã seguinte, a mãe me perguntou algumas coisas. Até que consegui me comunicar com ela numa boa. E ela me explicou como chegava ao centro da cidade. Andei o domingo todo. Procurando a minha escola, vendo os monumentos da cidade, tirando várias fotos. 

Bom... Aí, precisava voltar pois estava escurecendo... oh, dureza, me perdi. Achei que seria fácil e não anotei todos os nomes das ruas. Fiquei pelo menos uma hora perdida e dando voltas, tudo parecia tão igual, casas velhas, o tempo cinza, até que me “achei” e voltei pra minha host-family, como chamamos aqui a casa das famílias que alugam quartos para estrangeiros. A casa ficava a 30 minutos caminhando do centro. Mas este foi o primeiro fato que me levou a ter durante um tempo o apelido de perdida, rsrs. Depois eu aprendi depois a andar em qualquer lugar. E estas foram as primeiras horas na Terra dos Leprechauns, os Duendes da Irlanda. J


sábado, 1 de março de 2014

INTERCÂMBIO: Parte II - Minha  Experiência Pessoal  

  Um pouquinho do começo de tudo em Dublin . . .  

 Primeira Semana: No meio do  Rio Liffey 
Quando eu saí da faculdade em 2002, já pensava em fazer um intercâmbio para realmente aprender o inglês. Infelizmente na época, não tinha condições financeiras para fazê-lo, então fui juntando dinheiro para, um dia, realizar este sonho. Demorou, mas em 2008, consegui concretizar o projeto e fechei meu curso de inglês para a Irlanda com uma agência de intercâmbio na Paulista.

Fui para lá no início de março de 2009. Pretendia ficar apenas um ano, mas meu inglês ainda estava péssimo e nem tinha viajado pela Europa como era meu desejo: conhecer o mundo. Renovei por mais um ano e fiquei até março de 2011 - 2 anos longe de casa (até queria e precisava de mais um ano, mas minha mãe ficou doente e tive que voltar mesmo).

Cheguei em Dublin dia 28/02/2011. No dia 17/03 acontece a festa do padroeiro: St. Patrick, aí tudo é festa: feriado nacional.

Quando cheguei, tudo era festa, mas passadas as primeiras semanas, você realmente sente onde e quão longe você está. Nas primeiras semanas, fui atrás de documentação e uma casa para morar, pois peguei duas semanas de host family. Depois, quando me mudei, fui organizar o meu espaço no apartamento, quando percebi já tinha se passado o primeiro mês. Fiquei em um apê com 2 quartos e tinha meus flatmates: em um ficava eu a uma coreana, no outro um espanhol, brasileiro e um francês. Depois os meninos foram embora e foi a melhor fase, principalmente para conversar. Ficou eu, uma espanhola, uma alemã e a coreana.

Mas voltando a correria, comecei a procurar trabalho e, o primeiro bico só veio depois de 3 meses. Realmente não e fácil morar em outro país. Outra cultura, outra língua, outro jeito de viver. Eu até que me acostumei fácil, o problema é que não fui em um bom momento econômico e existem muitos estrangeiros em Dublin. 
10 kg mais magra: esse foi o peso que perdi em 2 meses de Irlanda. História para um post inteiro em breve.

Claro que cada caso, é um caso. Consegui fazer muitos trabalhos temporários, que me ajudaram e muito, este que consegui com a ajuda de alguns brasileiros, se não fosse isso, não sei o que seria. O que eu aconselho é que você venha com uma boa reserva de dinheiro. E quanto melhor o nível da nova língua, melhor, no meu caso inglês. Sentia muita dificuldade e se estivesse melhor, teria arrumado um emprego mais rápido, com certeza.

Parada Gay em Dublin é muiiittoooo legal! :D

Moram muitos brasileiros por lá. Infelizmente ou até felizmente não fiquei muito longe deles. Vou explicar: infelizmente porque acabava falando muito português, mas felizmente porque foram eles que me arrumaram meus freelas (bico) e primeiro emprego. Por isso, se você puder, faça uma pesquisa e vá para uma cidade e principalmente escola que não tenha muitos brasileiros e se não puder evitar, procure treinar seu inglês com eles.  Afinal, estar em uma terra estranha, com pessoas estranhas, você se sente só e diferente e estar em contato com outros brasileiros ajuda a enfrentar algumas barreiras que surgem, como a solidão, saudade e a tristeza pela falta de oportunidades. E sempre que puder, saia à noite e visite algum ponto histórico da cidade. Dublin mesmo é recheada de atrativos: são muitas baladas e museus com entrada grátis, perfeito para fazer novas amizades e treinar o idioma.

Passeando sozinha: Visitinha a praia de Bray.
Enfim, fazer uma viagem dessas é tomar uma decisão muito importante em sua vida e necessita de um completo entendimento sobre todos os assuntos que o cercam. Não adianta fazê-lo se é apenas o que seus pais querem ou por outro motivo qualquer. É um programa que irá trazer muitas vantagens para quem o faz, como independência, fluência no novo idioma, conhecimento de novas culturas, amigos. No início é difícil, tudo é diferente, por isso, decida com o coração e a cabeça. E, se você realmente quer ir, boa sorte, faça suas malas e boa viagem! 



PS: Aqui foi o início, um resumo e algumas dicas para vocês. Aos poucos conto os perrengues com mais detalhes, os imprevistos dos trabalhos e muito mais. Só desculpem-me a bagunça na linha do tempo, mas como estou escrevendo de coisas que já se passaram algum tempo, pode parecer que foi uma bagunça, mas não foi não: foi a melhor experiência que alguém pode viverJ